Crença e crendice são palavras quese homônimas, porém diametralmente distantes. A primeira tem como sua equivalente no grego o vocábulo pistis, que significa fé (Rm 10.17, 2Ts 2.13). Este termo é usado na Bíblia principalmente em referência à convicção concernente a Deus e sua Palavra, e ao relacionamento do crente com seu criador. Já crendice significa uma crença sem fundamento, absurda, ridícula; isto é, meramente superstção.

A crença do servo de Deus tem seu arcabouço na Bíblia Sagrada, que é a revelação divina para o homem. Ela não está baseada em sacrifícios, manipulações ou exageros, mas em fidelidade que, sempre vivenciada, traaz ao homem benefícios maravilhosos. Porém, para muitos, crença e crendice não tem divisão ou, quando muito, são termos que estão divididos por uma linha tênue.

Quando não se tem um alicerce doutrinário, é mais fácil acreditar em superstições advindas de uma cultura religiosa híbrida de origens romanistas, afro, indígenas e orientais, como encontramos no Brasil. Quantos crentesm infelizmente, vivem aprisionados por uma cultura religiosa do medo, aterrorizados pela inveja de alguém, ou por outro que lhe pragueja, ou vivem à espreita de modismos divorciados da sã doutrina? Não podemos ser como os atenienses (At 17.21)!

Não podemos deixar os ensinamentos sagrados serem demovidos por ninguém, mesmo que os que assim façam se digam possuídos de "boa intenção". Rejeitemos pregações falidas por falta de conhecimento doutrinário e as inovações de aventureiros que não entendem o cuidado providente de Deus pelos seus servos. Ora, João diz que o que está em nós é maior do que o que está no mundo. Então, porque andar se preocupando com "mal olhado", "encosto", "pragas"?


Por Gilberto Correa de Andrade